Atividades reforçam a campanha de enfrentamento da violência contra a mulher

 Programação na Praça CEU, na zona Leste, teve parceria da Prefeitura de Porto Velho e entidades

Programação faz alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha

Porto Velho é uma das capitais brasileiras onde há mais registros de feminicídios e violência contra a mulher de diferentes tipos. E a zona Leste da capital é a região que mais concentra esses crimes contra as mulheres. Em razão dessa estatística, a Rede Lilás, em parceria com a Prefeitura de Porto Velho, realizou no último sábado (5), uma vasta programação no Centro de Artes e Esportes Unificados, a Praça CEU.

A programação que integra o Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra mulheres, iniciou por volta das 14h e se estendeu até às 21h, contando com rodas de conversas, exposições artísticas, apresentações musicais e a Feira da Mulher Empreendedora, entre outras ações.

Evento contou com feira, exposições artísticas, roda de conversa e apresentações musicais

Rosimar Francelino, uma das coordenadoras da Rede Lilás, explicou que é importante que as mulheres conheçam os tipos e sinais de violência, e saibam buscar ajuda e se prevenir. "O feminicídio quase sempre é o desenrolar de uma série de outras violências. Desde a violência física, psicológica, financeira, sexual e de outras formas tão cruéis e que geram sofrimento às mulheres".

Leni de Souza, presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, observou que o Agosto Lilás é dedicado ao enfrentamento à violência contra a mulher, em alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 6 de agosto de 2006, completando 17 anos de sua existência.

"Mas, a sociedade precisa estar vigilante o ano todo, para coibir qualquer tipo de violência contra a mulher. Infelizmente, ainda temos uma cultura machista que quer negar direitos básicos às mulheres. O Agosto Lilás é, acima de tudo, um momento de reflexão de todos", acrescentou.

Denúncias de violência contra a mulher devem ser feitas, em caso flagrante, à Polícia Militar, no 190. Também está disponível o 180 nacional, e a Polícia Civil é o 197.