Na missão, a equipe atua em diferentes frentes para que a vacina chegue até as localidades mais longínquas
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A imunização é presença obrigatória nas viagens do barco saúde. Nessa, a equipe é formada por seis pessoas, cujo trabalho é realizado em duas frentes. Conforme a necessidade, uma equipe permanece na unidade de saúde do distrito onde o barco atraca, a outra atua de maneira itinerante para que as vacinas cheguem ao maior número de pessoas.
VACINA NA LOCALIDADE
A Semusa mantém unidades de saúde em todos os distritos do baixo Madeira, que disponibiliza os atendimentos básicos à população, inclusive a vacina. Com a chegada da embarcação, esses serviços são ampliados para atender o maior número de pacientes num curto período. Daí a necessidade de reforçar o trabalho da imunização, com as equipes que viajam a bordo.
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“Lá na comunidade não tem unidade de saúde e nem sempre eu consigo vir aqui em Nazaré, por muitos motivos. Então, a gente espera uma oportunidade dessa, para fazer tudo o que precisa. Depois de vacinar, vamos consultar com o pediatra para as crianças, meu marido vai ao ortopedista e eu na consulta feminina. É muito importante esse apoio aqui na comunidade, ajuda muito”, destaca Bruna.
VACINA ITINERANTE
Devido às peculiaridades da região ribeirinha e a dificuldade de deslocamento, os vacinadores levam as doses de esperança às comunidades onde o barco saúde não atraca, e são cerca de 12 ao longo do baixo Madeira.
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Um dos pontos onde a equipe desembarcou foi na Reserva Extrativista Lago do Cuniã, viagem de aproximadamente uma hora e meia de barco de voadeira (barco de metal com motor de popa), partindo do distrito de Nazaré, onde o barco saúde permaneceu atracado.
No Lago do Cuniã, a vacinação ocorreu no Posto de Saúde, e também nas residências de acamados ou pessoas com dificuldade de locomoção, como o casal João da Silva e Maria Madalena, ambos com mais de 70 anos.
João aguardava ansioso a visita, de banho tomado e até perfumado para receber a vacina. Com 77 anos e problema na coluna, não consegue mais subir e descer o barranco para se deslocar de casa. "Graças a Deus que eles vêm nos vacinar, se não fosse isso a gente ficaria desassistido. Sem condições de sair de casa, como faz"?
Além das visitas domiciliares, os vacinadores também levam a imunização para as escolas, uma oportunidade para que as crianças, adolescentes, jovens e o corpo técnico educacional, sejam protegidos.
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Entre os profissionais da imunização é unânime o sentimento de que vacinar é muito mais do que uma profissão, é um chamado, uma verdadeira vocação. Trabalho, árduo e exaustivo, embaixo de sol e chuva, poeira ou lama, atuam como mensageiros de cuidado, agentes de transformação nas comunidades mais remotas e vulneráveis.
Nesta equipe, vai Arlene José Pedroza, vacinadora com 28 anos de serviço prestado na rede municipal de saúde e veterana da vacinação itinerante, no barco saúde e também em outras missões por terra. Para ela, cada dose aplicada é um gesto de amor e compromisso com o bem-estar coletivo, uma promessa de futuro mais saudável para todos.
“Eu amo trabalhar com vacinas e, por fazer isso há muito tempo, adquiri uma boa experiência, principalmente com crianças. É gratificante saber que, através do meu trabalho, estou protegendo a saúde das pessoas, principalmente idosos, crianças e os ribeirinhos, que enfrentam dificuldades para acessar os cuidados de saúde”, compartilha a vacinadora.