| ||
A corrida para definir o representante do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2026 ganhou contornos de suspense e polêmica. Dois longas-metragens, “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, e “Manas”, de Marianna Brennand, transformaram a shortlist da Academia Brasileira de Cinema em um verdadeiro campo de batalha virtual. Considerado o grande favorito, O Agente Secreto chegou com peso internacional após conquistar quatro prêmios no Festival de Cannes e ser apontado pela revista Variety como forte candidato a superar o drama Ainda Estou Aqui nas futuras indicações. Entretanto, nos últimos dias, Manas ganhou força nos bastidores. O filme recebeu apoio inédito de Maria Trajano e mais de 70 empresas brasileiras, que assinaram uma carta destacando a importância da obra no combate à violência sexual contra crianças. A mobilização repercutiu de forma inédita no cinema nacional. A disputa ganhou ainda mais projeção quando o ator e diretor norte-americano Sean Penn foi anunciado como produtor executivo de Manas, reforçando a campanha internacional da produção. O embate, no entanto, extrapolou as telas. A atriz Fernanda Torres declarou apoio público a Manas em suas redes sociais, o que gerou acusações de internautas de que estaria “sabotonando” a campanha de Mendonça Filho. Após a repercussão, a atriz pediu desculpas e disse que não teve intenção de criar rivalidade.
Entre favoritismo, apoios de peso e polêmicas, a escolha do Brasil será revelada ainda hoje pela Academia Brasileira de Cinema. O anúncio promete colocar um ponto final — ou abrir um novo capítulo, nesse roteiro que mistura arte, política e até uma pitada de fofoca. |